Arnaldo Antunes não poderia estar mais correto.
Em 1940, envelhecer era um privilégio concedido a poucos: em média, o brasileiro vivia apenas 45 anos. Em 2016 – segundo dados do IBGE – a expectativa de vida do brasileiro ao nascer cresceu em mais de TRÊS DÉCADAS, atingindo quase 76 anos.
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O IDOSO E O ENVELHECIMENTO
Contudo, quem recém chegou aos 60 anos, viverá, em média, tempo suficiente para PASSAR dos OITENTA. Afinal de contas, quem chegou aos sessenta já sobreviveu a muita coisa: mortalidade infantil, violência, acidentes de trânsito, infecções e diversas outras causas de mortalidade.
Assim, 84 anos, em média, é o que se espera da expectativa de vida de uma brasileira que chegou aos sessenta anos; 80,3 anos é a expectativa no caso dos homens. Assim, quem chegou aos sessenta tem grande chance de viver por MAIS DE DUAS DÉCADAS.
Interessante constatar que esses VINTE E POUCOS ANOS representam um período superior à infância e adolescência juntas e que, diferente dessas fases, a terceira idade não é passageira, é PARA TODA VIDA. Consiste em um estágio da vida que pode se caracterizar tanto por fragilidade, perdas e dependência quanto por sabedoria, aprendizado e superação. E se isso é definido, em grande parte, pela vida que levamos e que ainda levaremos, temos aí uma oportunidade única para repensar hábitos e ressignificar experiências.
Se envelhecer é uma NOVIDADE, envelhecer bem é, em representativa parcela dos casos, uma ESCOLHA.
Assim, quem chegou à casa dos SESSENTA, que se prepare. Planeje-se para envelhecer bem, porque depois de VINTE E POUCOS ANOS não haverá nada mais MODERNO do que, no dia primeiro de outubro, celebrar o DIA INTERNACIONAL DO IDOSO DE 2040!
Humberto Alexandre Amadori – médico geriatra
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